segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Acidez do Dia - "A voz do Brasil"... estamos mal, hein?


A expressão “reality show”, pra mim, é sinônimo de coisa ruim, enlatada, fabricada! Qualquer um deles – e hoje em dia há uma profusão deles, sobre qualquer assunto – me enoja e me faz cada vez mais não ligar a tevê para assistir a esse tipo de porcaria. Menção honrosa: minha namorada disse ontem que existe um “reality show” sobre a vida de casado de um dos integrantes do Jonas Brothers! Eu aguento? Impressionante!
Mas não é sobre esse “reality” que eu quero falar. Quero falar sobre o famigerado “The Voice”! Primeiro e antes de tudo: o programa já começou errado pelo nome! “The Voice” é como um sujeito quase desconhecido de nome Francis Albert Sinatra era chamado! Se eu fosse da família Sinatra, ou da máfia (ou dos dois, o que era quase a mesma coisa), matava o produtor que deu esse nome ao programa! Com requintes de crueldade!

Você consegue imaginar ele sendo "treinado" por Cláudia Leitte? Ufa... ainda bem!
Vamos ao que interessa: ontem, fui cortar o cabelo. Na tevê da barbearia, estava passando o “The Voice Brasil”. Uma cantora se apresentou; mais outra; mais um; mais outro... e a pasteurização era a mesma! Impressionante a mesmice, a cafonice e, principalmente, o festival de histrionismos e maneirismos nas interpretações sempre insossas e carentes de emoção dos candidatos. Quase me levantei e fui embora no meio do corte para não ter que assistir àquilo. E o pior não foi isso: o pior foi ouvir o barbeiro e a atendente conversando entre si, dizendo como “todos ali cantavam bem”! Eu me pergunto: quem são as referências de cantores que eles têm? Belo? Bruno e Marrone? Cláudia Leitte (com dois “t”)? Daniel (não eu... antes fosse! O sertanejo!)? Isso explica tudo, não é mesmo?
Acho que o concurso em questão não deveria escolher o melhor cantor, mas sim o "melhor gritador", ou o "mais afetado emissor de sons que se parecem com canto"! Cantar bem não é gritar! Eu sempre achei que é o cantor que deve se encaixar na música, e não o contrário. Pois o que eu vi ontem foi um festival de arranjos malfeitos e mal executados a serviço dos gritos e chiliques de todos que interpretaram uma música no programa! Não vou nem falar aqui da Ellen Oléria, a representante de Brasília e queridinha de todos, porque iria precisar de um pergaminho só para sua antipatia e sua empáfia! Conheço-a de outros carnavais! Isso ficará para outra oportunidade!

Se juntar os oito aqui e misturar em um liquidificador, vão ter de jogar fora o copo,
tamanha vai ser a porcaria!
Eu sou de um tempo (e olha que não sou um ancião, nem tão novo assim...) em que cantar bem significava emocionar de uma forma autêntica, sem invenção, sem palhaçada tecnológica e cenográfica. Já postei aqui um vídeo da Elis Regina (veja, por favor)! Elis usava tudo a seu favor: era teatral, era autêntica, era emotiva ao extremo... era cantora! A maior de todas! Eu imagino a Elis, hoje, ainda viva, sendo jurada do “The Voice Brasil”...

Pensando bem... ficar ao lado de Carlinhos Brown, Daniel, Lulu Santos e Cláudia Leitte e ouvir aquele bando de pseudo-cantores ia ser demais pra ela! A morte é melhor do que isso! 

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