quinta-feira, 5 de junho de 2014

Acidez do Dia: Da glória ao ocaso em uma cabeçada!

Estava assistindo, agora há pouco, ao filme oficial da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. E resolvi postar aqui um texto que escrevi minutos após àquela final, entre Itália e França, em 7 de julho de 2006.
Assistir à França e, principalmente, ao Zidane jogar me dá uma azia gigantesca. 
Haja antiácido, viu? 

Eis o texto!


Disse o poeta Fernando Pessoa:

“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”

Autopsicografia, ou a primeira estrofe desse belo poema, serve como pano de fundo para o que aconteceu no Estádio Olímpico de Berlim. Mas o que Fernando Pessoa tem a ver com futebol? A princípio, nada. Fernando morreu muito tempo antes do jogo de hoje, e escreveu esse poema tendo tudo em mente, menos o futebol. Hoje, porém, o poema serve para descrever um time e um jogador, quais sejam: França e Zinedine Zidane. Além disso, o título deste texto é dedicado a ambos!

Aquele ar "blasé" de quem já tinha visto a enganação francesa! Aff!

Vamos ao mais fácil: a seleção francesa. Há exatos 22 anos, desde a Eurocopa de 84, a seleção francesa vem enganando o mundo, que acredita cegamente no futebol que eles apresentaram por mais de duas décadas. No entanto, a França finge que joga futebol, e finge tão completamente que acredita que é futebol o que deveras joga. E o que é pior: uma outra seleção acredita mais do que a própria França – o Brasil, vítima em três oportunidades desse embuste coletivo. Em 86, perdemos nos pênaltis; em 98, perdemos em campo; em 2006, bem... deixa pra lá, não é, Roberto Carlos? Em 22 anos, pode-se contar nos dedos de uma mão os jogos em que a França realmente não “fingiu” e jogou um bom futebol! O jogo de hoje não foi e certamente não será lembrado como um desses! E por quê?

Porque Zinedine Zidane estava em campo. Se a França é o poema, Zidane é seu autor. Eleito três vezes o melhor jogador do mundo, campeão com a França em 98, Zizou foi da glória ao ocaso em uma cabeçada! Caminhava para ser eleito o melhor jogador da Copa 2006. E, por conta de uma cabeçada, caminhou envergonhado para o vestiário.

Um momento verdadeiro de um pseudo-craque!

Não é a primeira vez que isso acontece. Zidane é temperamental tanto quanto é bom jogador. Eu disse apenas bom. O craque decide o jogo, aparece nos momentos fundamentais de uma partida. Essencialmente, em sua carreira, dois foram os jogos em que Zidane se mostrou decisivo: contra o Brasil em 98 e, vejam vocês, novamente contra o Brasil em 2006. Vou ser um pouco mais condescendente e abrir uma exceção: no jogo de hoje, ele também foi decisivo. Converteu o pênalti para a França e agiu como um touro indomável em direção ao toureiro! Muitos outros atletas sofreram com a destemperança de Zidane em vários momentos. Ele é o jogador francês com mais expulsões em Copa – com a de hoje, duas! Em três copas disputadas, foram seis cartões amarelos e dois vermelhos. E cinco gols. Ou seja: Zidane fez muito mais faltas violentas do que gols em Copas. E hoje, em plena final de Copa do Mundo, desceu envergonhado a escadaria, junto com sua obra enganadora, ou melhor, sua seleção.

Isso é o que valem Zidane e a França!

Para o bem do futebol que não “finge”, Zidane deixa as quatro linhas. Para o bem do futebol mundial, a França não foi campeã. A seleção francesa sempre pertenceu ao segundo escalão do futebol mundial, e é para lá que ela vai retornar a partir de amanhã, de onde nunca deveria ter saído. Mas alguém esqueceu de avisá-los em 84, e eles acreditaram que era futebol o que eles deveras jogavam. E, cá entre nós: fingiram muito bem, porque fundamentalmente nós, brasileiros, acreditamos e muito! Au revoir, Zidane! Au revoir, Les Bleus!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Acidez do Dia: Me dá um Prozac padrão Fifa, por favor!?

O Brasil é um país em depressão profunda, à beira do suicídio. E não há antidepressivo que resolva!

Sofremos de um processo crônico de depressão. Uma doença grave, meio milenar (meio mesmo... lá se vão mais de quinhentos anos de depressão), com rompantes de cura, de excitação, de alegria, mas que resultam sempre na mesma coisa: resignação, apatia, entrega total ao conformismo e ao fracasso. Somos, enfim, uma nação deprimida. E, por conseguinte, deprimente.
Prozac padrão Fifa! Mas não serve para os brasileiros!
Há exatos doze anos, tomamos duas doses cavalares de antidepressivos, as últimas da nossa história recente: ganhamos a Copa do Mundo de 2002 e elegemos um presidente “do povo”, que carregava todas as nossas esperanças de cura dessa doença miserável.

Vamos nos curar!
Somos, enfim, felizes!
Vamos viver em paz conosco!
“Venha, meu coração está com pressa”, já diria o Renato Russo!

É, Renato... nem tudo são rosas!
Doze anos depois, o que nos tornamos? Em que nos transformamos?

Em uma nação deprimida. Em uma nação com uma doença quase que incurável. Doença esta agravada por uma “automedicação” sem proporções na história da medicina, da sociologia, da política, da vida, da história...

Acreditamos, em 2002, que então seríamos livres! Livres de tudo que nos deprimia até o final do último milênio! Seríamos, enfim, senhores do nosso destino, donos do pedaço em todos os aspectos de nossas vidas enquanto nação, enquanto povo, enquanto brasileiros. Já éramos os donos da bola (afinal, cinco doses de alegria em menos de cinquenta anos não é para qualquer um – só os brasileiros conseguem se medicar dessa forma). Faltava só sermos donos de nós mesmos.

Mas Freud explica: depressão e luto diferem-se em um único aspecto – não é necessária uma perda física para manifestarmos uma tristeza, e sim uma perda narcisista. Eis, aí, o ponto crucial: perdemos totalmente a alegria. Perdemos totalmente a vontade e o prazer de fazer como Narciso fez: olhar nosso rosto refletido no Ipiranga da nossa alma coletiva e enxergar ali uma beleza esplêndida, iluminada ao sol do novo mundo.

"Os Brasileiros não sabem de nada. São muito inocentes!"
Hoje, como consequência dessa fracassada automedicação, somos uma nação deprimida. Nosso Narciso tupiniquim sucumbiu à medicação e caiu morto! E a maior prova disso é que, doze anos depois, não conseguimos sequer engolir o maior e mais importante antidepressivo da história recente do nosso país: temos uma Copa do Mundo no nosso quintal, e não conseguimos nos alegrar com isso! Pelo contrário: se fosse possível, poderíamos ficar um mês inteiro de cama, quietos, sem sair debaixo do edredom.

Somos e estamos doentes.

E eu nem consigo terminar este texto! Muito triste isso!

Haja Prozac, Zoloft e Lexapro para me alegrar (ops... e se esses remédios não forem “Padrão Fifa”???)!


Ai, meu Deus!!!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Acidez do Dia: A hora e a vez de Marco Feliciano!


Pois é, amigos e amigas, estou de volta! Depois de um longo e tenebroso verão, a acidez se faz presente hoje com o assunto da moda, sobre o qual eu não poderia deixar de opinar. E vou chocar!
Estão preparados?
Posso falar?
Aí vai, então!

Eu gosto do Marco Feliciano. De verdade! Gosto demais! Muito mesmo!
Coisa mais linda do Brasil! Muito fofo! 
Ele não me representa politicamente apenas e tão somente porque não votei nele. Mas ele representa o Brasil, o meu, o seu, o nosso Brasil, de Galvão Bueno a Lula, passando por Dilma e por mim! Ele é a fina representação de todos os nossos preconceitos velados, escondidos, guardados lá no dedão do pé. Ele apenas vocifera as nossas atrocidades diárias.
Ele diz aos quatro ventos que “os africanos foram amaldiçoados por Noé”. Duvido que você nunca pensou assim ao atravessar a calçada para o outro lado quando via um negro mal vestido andando em sua direção. Ou a chegar a seu carro no estacionamento e vir o flanelinha andando ao seu encontro. Posso estar exagerando, mas que você já beirou o absurdo várias vezes em seu preconceito mesquinho, disso eu não duvido.
Ele condena veementemente o homossexualismo. E você também! Só que você finge que tolera. Na sua família, ok! Com seus amigos, vá lá! No shopping? “Que absurdo”! No supermercado, de mãos dadas? “Nossa, eles perderam o juízo mesmo”! Estou mentindo?
Marco Feliciano representa, sim, todos nós, brasileiros, ou a imensa maioria de nós, que somos preconceituosos, corruptos, pobres de ética e de valores morais! Aliás, estamos a cada dia, mais e mais, abrindo mão de educar nossos filhos e deixando que escolas, igrejas e organizações quaisquer enfiem goela abaixo de nossas crianças e jovens valores distorcidos, incorretos, amorais e imorais. Aí entra Marco Feliciano! Ele, muito sabiamente, aproveitou-se dessa ausência de massa cinzenta da grande maioria da população e se elegeu. Aproveitou-se, também, do grande palanque político da modernidade: a igreja protestante. Qualquer uma e todas elas, sem exceção! Não só ele, mas todos os da chamada “bancada evangélica”, que a cada dia se torna maior e mais influente. Mas isso não é errado, muito menos ilegítimo! Se podem existir bancadas como a ruralista, a LGBT, por que não a evangélica?
Marco Feliciano nos representa, sim! E a culpa é nossa! Única e exclusivamente nossa! Enquanto não educarmos o povo, fornecendo critérios coerentes de discernimento e de crítica, outros tantos como ele nos representarão! E a pior notícia é a seguinte: essa é a tendência! Quase que irreversível!

Um dos nossos próximos presidentes! E ele está muito triste por pensar nisso!
Portanto, caro leitor, não se espante! Tudo que ele fala representa você! Em maior ou em menor escala, mas, sim, representa você!
Aleluia? 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Acidez do Dia - "A voz do Brasil"... estamos mal, hein?


A expressão “reality show”, pra mim, é sinônimo de coisa ruim, enlatada, fabricada! Qualquer um deles – e hoje em dia há uma profusão deles, sobre qualquer assunto – me enoja e me faz cada vez mais não ligar a tevê para assistir a esse tipo de porcaria. Menção honrosa: minha namorada disse ontem que existe um “reality show” sobre a vida de casado de um dos integrantes do Jonas Brothers! Eu aguento? Impressionante!
Mas não é sobre esse “reality” que eu quero falar. Quero falar sobre o famigerado “The Voice”! Primeiro e antes de tudo: o programa já começou errado pelo nome! “The Voice” é como um sujeito quase desconhecido de nome Francis Albert Sinatra era chamado! Se eu fosse da família Sinatra, ou da máfia (ou dos dois, o que era quase a mesma coisa), matava o produtor que deu esse nome ao programa! Com requintes de crueldade!

Você consegue imaginar ele sendo "treinado" por Cláudia Leitte? Ufa... ainda bem!
Vamos ao que interessa: ontem, fui cortar o cabelo. Na tevê da barbearia, estava passando o “The Voice Brasil”. Uma cantora se apresentou; mais outra; mais um; mais outro... e a pasteurização era a mesma! Impressionante a mesmice, a cafonice e, principalmente, o festival de histrionismos e maneirismos nas interpretações sempre insossas e carentes de emoção dos candidatos. Quase me levantei e fui embora no meio do corte para não ter que assistir àquilo. E o pior não foi isso: o pior foi ouvir o barbeiro e a atendente conversando entre si, dizendo como “todos ali cantavam bem”! Eu me pergunto: quem são as referências de cantores que eles têm? Belo? Bruno e Marrone? Cláudia Leitte (com dois “t”)? Daniel (não eu... antes fosse! O sertanejo!)? Isso explica tudo, não é mesmo?
Acho que o concurso em questão não deveria escolher o melhor cantor, mas sim o "melhor gritador", ou o "mais afetado emissor de sons que se parecem com canto"! Cantar bem não é gritar! Eu sempre achei que é o cantor que deve se encaixar na música, e não o contrário. Pois o que eu vi ontem foi um festival de arranjos malfeitos e mal executados a serviço dos gritos e chiliques de todos que interpretaram uma música no programa! Não vou nem falar aqui da Ellen Oléria, a representante de Brasília e queridinha de todos, porque iria precisar de um pergaminho só para sua antipatia e sua empáfia! Conheço-a de outros carnavais! Isso ficará para outra oportunidade!

Se juntar os oito aqui e misturar em um liquidificador, vão ter de jogar fora o copo,
tamanha vai ser a porcaria!
Eu sou de um tempo (e olha que não sou um ancião, nem tão novo assim...) em que cantar bem significava emocionar de uma forma autêntica, sem invenção, sem palhaçada tecnológica e cenográfica. Já postei aqui um vídeo da Elis Regina (veja, por favor)! Elis usava tudo a seu favor: era teatral, era autêntica, era emotiva ao extremo... era cantora! A maior de todas! Eu imagino a Elis, hoje, ainda viva, sendo jurada do “The Voice Brasil”...

Pensando bem... ficar ao lado de Carlinhos Brown, Daniel, Lulu Santos e Cláudia Leitte e ouvir aquele bando de pseudo-cantores ia ser demais pra ela! A morte é melhor do que isso! 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Acidez do Dia - A morte e a morte de Oscar Niemeyer!


Antes de morrer, Oscar Niemeyer estava trabalhando em projetos novos, como informou o médico que o tratava (link aqui). Eu me pergunto: projetando o quê? Um novo gabinete para Deus, sem janelas e com incidência total do sol durante o dia inteiro? E sem ar condicionado? Eu me pergunto se o Todo-Poderoso aguentaria estudar um dia inteiro na Biblioteca Nacional de Brasília! E olha que Deus é Deus, hein? Mas Niemeyer está acima disso! Niemeyer projetou Deus!

O maior forno de micro-ondas a céu aberto do mundo!  Logo ali, pertinho de você! 
Muito choro, muitas homenagens, muita falação, muita comoção! Tudo blá-blá-blá, mais do mesmo! Quem vive em Brasília e frequenta suas “obras” sabe do que estou falando! É o conceito do “inutilmente belo”, ou do “belíssimo inútil”, como queiram. Obras de concreto puro, que representam a dureza de um pensamento filosófico antagônico e ultrapassado, tanto na arquitetura quanto na política. Suas obras representam o que há de pior no socialismo, no comunismo, e se contradizem enormemente, do tamanho do pé-direito do Museu da República! Não se tem convívio social em suas obras! Um arquiteto pseudo-comunista que projeta prédios impeditivos e repelentes ao tráfego de pessoas!

Se eu for destilar meu veneno aqui perante as suas obras, corro o risco de ser fuzilado pelos meus amigos arquitetos! Vou parar por aqui! Vou agora, amigos, em um rompante de humildade, prestar uma homenagem àquilo que considero a obra-prima de Niemeyer, inigualável, inalcançável: ele redefiniu o conceito da palavra “impossível”. Se o Niemeyer morreu, qualquer coisa é possível a partir de agora! O impossível não existe mais!

A paz entre judeus e muçulmanos vai ser assinada na Catedral de Brasília, em homenagem a Niemeyer! Lula vai confessar que sabia de tudo sobre o mensalão e que mentiu durante oito anos! E fará tudo isso no velório do arquiteto amanhã, acompanhado de Rosemary (D. Mariza estará em casa, assinando os papéis do divórcio)! Enfim... pense em qualquer coisa antes tida como “impossível”! Essa coisa acontecerá! E em breve – até porque o mundo vai acabar nas próximas semanas! Sim, isso também é possível a partir de agora! Sabe o calendário Maia, aquele que diz que o mundo vai acabar daqui a pouco? Pois então! A divulgação desse calendário, um evento histórico, aconteceu em um local projetado por Niemeyer no coração da América Central!

Você não o vê na foto, mas Niemeyer está por trás disso!
A Casa Branca foi seu projeto de conclusão de curso!
Tudo é possível a partir de agora! O Brasil ganhar a Copa de 2014! O PT nunca mais ganhar nada, qualquer coisa! Até mesmo Niemeyer voltar das profundezas ou dos céus, pois tenho certeza de que tanto Deus quanto o Canhoto não aguentarão ficar um dia que seja morando em um prédio projetado por ele! 

Se bem que, depois de hoje, qualquer coisa é possível! Até isso! 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Acidez do Dia - Todo carnaval tem seu fim, menos para os Los Hermanos!


Bem, meus amigos, chegou a hora pela qual todos esperavam: a minha crucificação! Hoje é dia de falar mal de um patrimônio cultural da pseudo-intelectualidade brasileira, a banda pela qual as amebas universitárias que poluem os corredores de nossas faculdades choram copiosamente a cada final – cuidadosamente planejado, por sinal: Los Hermanos! Credo! Minha pele começa a se coçar toda só de escrever este nome! Que nojo!

Vamos começar pelo fim! Literalmente! Ninguém pediu, de verdade, para vocês voltarem! E o que é pior: vocês voltaram porque terminaram! Não basta ser ruim uma vez! É preciso voltar e comprovar a ruindade! Mostrar para todos que letras como “Pierrot”, “Todo carnaval tem seu fim” e “Anna Julia” são primores de vazio poético! Mostrar que os músicos são péssimos, sem qualquer carisma, e se acham os novos paladinos da música brasileira! Na verdade, ninguém pediu para vocês nascerem! Que dirá voltarem! A banda é horrível!

Mas não basta só ser horrível: é preciso ter uma aura de intelectualidade, de intangibilidade; é preciso alçar a banda à condição de “semideuses do Olimpo musical brasileiro”. O séquito de fãs dessa banda é composto de eternas viúvas de Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Bruno Medina e comparsas! É quase uma verdade absoluta: não se pode falar mal dos Los Hermanos! É crime inafiançável! E o pedido de prisão é redigido por Joaquim Barbosa, se bobear!

Qualquer coisa que se diga contra a banda é motivo de fuzilamento! Quando a banda acabou pela primeira vez, a UnB suspendeu as aulas por falta de quórum! NÃO HAVIA ALUNOS PARA ASSISTIREM ÀS AULAS! Todos estavam aos prantos! Várias tentativas de suicídio coletivo foram registradas (nenhuma teve sucesso, infelizmente!).

Corredor da UnB no dia do anúncio do fim da banda! 
Eu tive o desprazer de assistir a um show dessa banda em 2004! Os músicos da banda, todos eles, são horríveis! Péssimos! Tocam mal e cantam pior ainda! Mas a pior coisa de tudo foi o público: eles cantam TODAS, eu disse TODAS AS MÚSICAS em voz alta, como se estivessem em um culto religioso! Ou um culto satânico, porque aquilo, para mim, foi a visão do inferno! Eu tenho para mim que o Canhoto lança sobre nós maldades, pragas, que não percebemos de primeira! Los Hermanos é uma delas! É uma obra do Diabo essa banda (junto com a azeitona e a mousse de maracujá)! 

Mas não basta ser só ruim: é preciso influenciar porcarias ainda piores, como Teatro Mágico, Móveis Coloniais de Acajú e outros tantos cabides de emprego travestidos de bandas! É preciso, também, aliciar uma menor e convencê-la de que você é gênio, só pra comer a menina, né Marcelo? Tadinha da Mallu Magalhães! Ela já era ruim! Depois que deu para você, ficou pior! Só falta nascer dessa união um "bebê de Rosemary" da MPB! Credo cruz! Pé-de-pato-mangalô-três-vezes! Ui!

Por favor, alguém faça uma vasectomia nesse cidadão! Urgente!
Antes que seja tarde demais!  
Eu não tenho mais nada a falar sobre essa porcaria! Se você gosta dessa banda, o Juízo Final vai tomar conta disso por mim! Vai estar lá marcado no seu currículo: fã de Los Hermanos! Como diz o “poeta”: "Deixa eu brincar de ser feliz/Deixa eu pintar o meu nariz”! Deixo, claro! Mas Deus tá vendo! Ele não vai ser misericordioso com você, seguidor de Marcelo Camelo e cia.! Pensando bem, um mundo seria um lugar melhor de se viver sem os fãs dos Los Hermanos! Um mundo onde o carnaval tenha um fim, sim! E onde os Los Hermanos não existam mais! 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Acidez do Dia - Vou vender minha Ferrari! Ela é muito para mim!


Eu não sei, mas tenho a impressão de que Nelson Rodrigues é, e sempre será, o nosso maior pensador! Em tempos de “autoafirmação nacional”, Copa do Mundo e Olimpíadas e o escambau, eis que me deparo com a seguinte pérola Rodrigueana:

O brasileiro é um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima.”

Capachão: próximo piloto brasileiro da Ferrari!
Pode parecer que o fato que eu vou mencionar a seguir não possui qualquer relação com isso! Mas acredite, meu amigo, minha amiga, possui e muito! Felipe Massa, da Ferrari, faz o quinto tempo no treino classificatório para o GP dos EUA, realizado no último domingo. Seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, faz um treino ruim e marca o oitavo tempo. Alonso briga pelo título com Vettel, da RBR. Massa, por outro lado, apenas luta para terminar dignamente o campeonato. E o que a Ferrari faz? Ela rompe propositadamente o lacre do câmbio de Massa para que ele seja punido e perca cinco posições no grid! Para quê? Para que Alonso ganhe uma! Uma! UMA! APENAS UMA! E largue em sétimo.

É o tal negócio: o cara é funcionário da equipe e, como tal, tem de cumprir ordens. Da mesma forma que Rubens Barrichello deixou Michael Schumacher ultrapassá-lo na última curva por determinação da Ferrari. Aí eu me pergunto, aí eu te pergunto, amigo leitor: ordens foram feitas para serem cumpridas, certo? E quando elas atingem a sua dignidade enquanto ser humano? A sua hombridade? Para essas perguntas, o psicoterapeuta e médico Humberto Mariotti tem uma ótima resposta:

“A baixa autoestima deprime as pessoas e a depressão estreita obscurece o seu horizonte mental. Tudo isso faz com que elas se encolham num casulo defensivo, o qual, por sua vez, contribui para o estreitamento e obscurecimento de sua visão de mundo.

Eu realmente não consigo entender que um ser humano, na posição em que Massa se encontra, ou na que Barrichello se encontrava, não lute, não questione, não se coloque perante as injustiças. Só que, por outro lado, o comportamento deles é o nosso comportamento, guardadas as devidas proporções e situações. Perante as injustiças que nos são postas, baixamos as nossas cabeças! “Sou funcionário, preciso do trabalho”! “Não posso reclamar... eu preciso do emprego”! E assim caminha a brasilidade vira-lata!

O problema todo é: estamos nós, brasileiros, confundindo cordialidade com subserviência! Nós, hoje, somos uma nação de Capachões, o personagem puxa-saco da TV Colosso! Tudo está bem, nosso chefinho (ou chefinha) é magnânimo (ou magnânima)! E o resto? Ah, deixa pra lá! Pra quê reclamar? Mas Ayrton Senna jogou o carro pra cima de Prost! Mas Nelson Piquet tirou o papel higiênico do banheiro de Mansell durante uma sessão de “problemas intestinais” do inglês. Os métodos são errados? Não tenho dúvidas de que são. Tanto quanto não reclamar, não se posicionar! Na essência da coisa, porém, perdeu-se isso nos brasileiros, sejam eles esportistas, políticos de bem, pensadores, formadores de opinião: o inconformismo! Lutar até o fim, com as armas que se tem, em busca do que é certo mesmo, do que é justo! 

Termino esse texto com a sensação de que eu não falei tudo o que queria falar. Acho realmente que está faltando alguma coisa a ser dita. Mas, enfim, vou deixar assim mesmo! Já tá bom demais! Não vou reclamar, não! Dá muito trabalho! É melhor deixar como está!

Parabéns, Massa! Parabéns, Barrichello! Vocês são exemplos para o nosso povo! Só quero que vocês dois saibam de uma coisa, porém: para vocês eu não vendo minha Ferrari!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Acidez do Dia - O maior cabide de emprego da música brasileira!


Eu sempre tive a tendência de não gostar de banda com mais de cinco, seis integrantes, no máximo. Vá lá: fazer um show, uma apresentação, um especial... mas ter esse tanto de gente no grupo só traz problemas! Muitos egos, muitas vontades e pouca atenção ao que realmente importa: a qualidade da música.
Móveis Coloniais de Acaju, este é o nome do maior cabide de empregos do Brasil musical. Essa banda só serve para mover a economia, porque a quantidade de empregos que ela mobiliza é fenomenal. A banda é tão grande que, para o próximo ano, o Cespe vai abrir um concurso para a vaga de baixista e de saxofonista. E não precisa ter curso superior, hein? Concurseiros de plantão, uni-vos! Eu estou fora!

Pessoal do Móveis indo ensaiar! Só o naipe de metal, na verdade!

Já ouviu falar de Teatro Mágico? Se não, leia aqui o que eu escrevi sobre essa palhaçada (com o perdão do trocadilho). Se já, você sabe do que estou falando então. Mas vamos ao processo histórico, que é importante nesse momento: É TUDO CULPA DOS LOS HERMANOS!!! Se Marcelo Camelo e Cia. tiveram alguma importância na música brasileira, essa importância foi “desamparar” suas viúvas ao final da banda. E o que as viúvas fizeram, hein, hein? Isso mesmo, montaram outras bandas que não têm nada a ver com Los Hermanos, mas que são iguais aos Los Hermanos. Paradoxal, não é? Não na música! Um dia, eu ainda vou agradecer a Marcelo Camelo por esse serviço prestado a todos nós! Pessoalmente! Com uma faca! Ou com um disco do Móveis!
Voltemos a eles (Móveis): que bandinha xexelenta! Desconfie, caro amigo: uma banda que tem um naipe de metal usa desse artifício para esconder o quanto é ruim! Saxofonistas, trompetistas e afins nunca serão membros permanentes de uma banda! Ou nunca eram, até então! Naipe de metal em uma banda mascara o quanto o guitarrista é ruim e o vocalista, insosso! Bingo! Este é exatamente o caso do Móveis! A banda é ruim, o guitarrista é péssimo e sem criatividade, o vocalista é um engodo e o naipe de metal está lá, para mascarar essa ruindade generalizada. Ninguém se salva na banda, nem ela inteira!
E as letras? Bom, neste caso, e somente neste, a influência de Marcelo Camelo não aparece, mas sim a de Dinho e seus finados amigos do Mamonas Assassinas. Duvida? Leia isso:

Você tem alergia, micose, passa mal
Toma sempre um Melhoral
A crescente agonia do seu ser denuncia
O seu cheque especial
(Perca peso)

Bandas como essa se baseiam numa pseudofama que é alimentada por uma imbecilidade generalizada que toma conta das classes média e média-alta brasileira: qualquer público de 2, 3, 5 mil pessoas alça figuras e bandas como essa a um patamar de “gênios”, “visionários”, “deuses da música indie”. Vamos parar com isso e ter um pouco de massa cinzenta, não é meu povo?
Lanço aqui uma campanha: vamos nos mobilizar e colocar os integrantes da banda em outra área de atuação, que não a música. Vendedores da Atlântida Móveis (sempre perto de você), por exemplo! Ou fiscais de concurso público! 
Qualquer coisa, menos na música! 
Talento para isso é o que mais falta para eles! 

terça-feira, 24 de abril de 2012

Acidez do Dia - Na horizontal, é tudo a mesma coisa!


De verdade: o país pululando em denúncias de corrupção e a Veja me sai com essa capa?

Sem comentários! 
Eu não vou nem entrar aqui na discussão sobre o preconceito trazido pela reportagem de capa! Sou baixinho, sim, e com muito orgulho! Meço 1,65m, e tenho mais talento do que me limita a minha altura! Sem contar que na horizontal, é tudo a mesma coisa! O máximo que acontece é pé na canela e pronto!

O pior é a Veja, a maior revista do país – e a de maior circulação – trazer uma reportagem “popularesca” como essa, uma pseudo-reportagem científica típica do Fantástico, como diria Carol, em um momento tão crítico na política brasileira. Talvez eu esteja sendo leviano, mas depois que Little Charles Waterfall (aka Carlinhos Cachoeira) foi preso, as denúncias sumiram da capa da revista!

Capa que, por sinal, opõe um elegante e feliz homem alto a outro baixinho com expressão rabugenta e estampa a manchete "Do alto tudo é melhor", que detalha dizendo que "A 'evolução tecnofísica' explica por que as pessoas mais altas são mais saudáveis e tendem a ser mais bem-sucedidas". Ela deixou muita gente estarrecida e, tão logo, caiu nas redes sociais e blogs, gerando, obviamente, inúmeras críticas e intensos debates, que ainda devem se prolongar por alguns dias.

Mas o absurdo maior, para mim, vem no seguinte trecho:

"A altura está associada também à produtividade, ao poder e ao sucesso. Pessoas mais altas são consideradas mais inteligentes e conseguem aumento de salário com maior facilidade do que as mais baixas. Medir 5 centímetros a mais do que os colegas de trabalho garante um salário 1,5% maior, ou 950 dólares suplementares no fim do ano. A altura é um quesito crucial até para a liderança. Entre 1789 e 2008, 58% dos candidatos mais altos à Presidência dos Estados Unidos ganharam as eleições. Barack Obama tem 1,85m. O republicano Mitt Romney, 1,88 metro".

Dane-se o que acontece no Brasil! Dane-se a utilidade pública que uma revista como a Veja pode ter e trazer para a população. E viva o estereótipo! O importante é você ser alto! E esbelto! E ser o Carlinhos Cachoeira, que mede, incrivelmente, 1,68m! Opa, altura não é tudo, não é mesmo?

Como diria Luís Fernando Veríssimo, em uma de suas crônicas, “e a todas essas, o povo pagando impostos”! Parabéns à Veja! Não posso deixar de perder a próxima edição!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Acidez do Dia - Vuvuzela no delas é refresco!


Você achava chata a vuvuzela, não é? Então tá... pergunte a qualquer mulher o que é mais insuportável: uma vuvuzela ou uma buzinada?

Eis que você, mulher bonita, interessante, com corpo bonito, está andando pela rua a caminho do seu trabalho, do seu passeio vespertino, ou mesmo indo buscar seu filho ou sua filha no colégio, quando não mais que de repente ouve uma buzinada, geralmente duas curtas, tipo Papa-Léguas (beep-beep!!!)...

Corta a cena para o carro do peão, do imbecil...

Eis que você, playboy, peão, homem grosso, sem educação, está no seu carro, geralmente ouvindo funk ou sertanejo ou pagode ou qualquer música ruim no maior volume, e avista uma mulher bonita, interessante, com corpo bonito (“nossa, que gostosa”, você pensa!), e tasca uma buzinada, geralmente duas curtas, tipo Papa-Léguas (beep-beep!!!)...

Como se diz no Ceará, "Ô gesto do meu abuso"!

Corta a cena para mim...

Eu realmente não consigo entender o que se passa na mente de um ser humano do sexo masculino (porque esse tipo de gente não é homem para mim!) nesses instantes! O que leva uma pessoa a BUZINAR para uma mulher na rua? Ele realmente acha que ela vai se interessar por ele por causa de uma buzinada?

“Ai, amigããã, um cara numa Mercedez buzinou para mim... fiquei toda molhadinha!!!”

Não quero entrar na discussão de que se há ou não mulheres que realmente acham isso bom (porque eu sei que elas existem). O ponto aqui é o nosso comportamento (o meu, não... o deles... eu não faço isso), o comportamento desse tipo de “homem”.

Todo homem olha para mulheres na rua! Bem como toda mulher olha para homens! Eu já olhei, meu pai já olhou, Stevie Wonder já olhou (ops, foi mal...), minha mãe já olhou, minha avó já olhou, a Kátia, a cantora, já olhou (ops... mal de novo). “Olhar não arranca pedaço”, diria o ditado. O problema aqui é outro; aliás, são dois: primeiro, o olhar ficou muito indiscreto, quase que desnudando a outra pessoa; depois, não basta só olhar. É preciso buzinar!
"Nossa, que gostosa!"
Taí uma coisa que você nunca vai ver ele fazendo!
Nem ele!
Porque ele tem classe!
Na última sexta-feira, estava indo almoçar perto do meu trabalho e atravessei a W3 Norte bem em frente ao Brasília Shopping. Lá, estava uma adolescente, que não deveria ter mais de 18 anos, panfletando no sinal e vestida com uma calça de lycra preta (roupa típica dessas situações!). Passou um carro; buzinou. Passou outro carro; buzinou de novo. Passou o terceiro; mesma coisa! A menina se irritou e mandou o dedo! Certíssima! Se eu fosse mulher, só panfletaria armada! Cada buzinada seria um tiro no pneu (ou na buzina) do carro! Só para começar!

Homens (ops... foi mal de novo), vocês que buzinam: não adianta! Você não vai “pegar mulher” buzinando para elas! Você não vai “pegar mulher” soltando aquelas famosas “cantadas de pedreiro” para elas (minha prima Mariana tem uma história ótima!). Buzinando para elas, você apenas contribui para o crescente asco, para o nojo que boa parte das mulheres sente pelos homens em geral hoje em dia! Além de contribuir para o aumento da poluição sonora!

Faça um favor a você mesmo, às mulheres e à humanidade: desapareça! Ou venda seu carro! Na verdade, eu ia pedir para você deixar de ser playboy, de ser peão, mas é mais fácil eu gostar de Teatro Mágico (ops... foi mal, mas aí é demais!).